quarta-feira, 17 de agosto de 2011

MUDANÇA

Evelyn Kligerman, minha irmã , escultora e ceramista, dia 1 de setembro se muda com seu ateliê para Visconde de Mauá. Sua casa será um ateliê aberto e loja ao mesmo tempo. Hoje começam a pintar a linda casa onde irá morar. Dia 18 de outubro marcamos uma festa para a inauguração do ateliê. Mas nenhuma mudança é fácil:

MUDANÇA

Mudar de casa
é coisa
muito complicada,
porque uma casa
não cabe
em outra casa:
sempre fica faltando,
sempre fica sobrando.

O caminhão de mudanças,
bicho cruel,
engole mesas, cadeiras, lembranças,
e lá se vai mundo abaixo.

Na casa nova o caminhão despeja
mesas, cadeiras, lembranças,

e a casa vai criando asas,
criando vida,
já se pode forrar o teto
de sonhos.

in Casas, es. Formato

6 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Ah! Roseana é tão bom relembrar esse seu poema (estava anotado em um livro meu), porque foi através dele, que eu entrei em contato com o seu SITE.
    Foi exatamente no dia 07 de abril de 2010. Eu lhe escrevi, e, na verdade nem pensei que você me responderia, mas respondeu muito bonito:

    “Nossa, Angela, até chorei com a tua mensagem!!! Você pode acompanhar um pouco do meu cotidiano pelo meu blog, mas a minha casa está aberta.
    Venha tomar um café.
    Beijos, Roseana

    E, assim tudo começou.
    Abrir a sua casa para uma estranha é muita generosidade e desprendimento. Foi o início de um grande conhecimento para mim. Eu agradeço muito a Deus por isso.
    Bem, quanto a Evelyn eu estou adorando a mudança dela. O lugar é também muito lindo e vai inspirá-la para a criação de muito mais coisas bonitas.
    Muuuuuuuuuuuito, boa sorte para ela.
    Bjs,
    Angela

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  3. Estou pra mudar de casa, se por um lado fico ansiosa para está em minha casa nova, por outro lado sinto uma angustia de deixa a casa onde vi meus filhos crescerem e vivemos tantas coisas boas... não sei por que todos os seus poemas( que eu conheço )parecem que foram feitos para me.

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  4. Entendo bem o comentário da Angela...

    "Conheci" a Roseana na minha adolescência, na escola. Não podia comprar os livros, mas na sala de leitura lia seus poemas e os copiava em meu caderno. Sempre me encantei e me emocionei com a fluidez das suas palavras...

    "Na multidão busco meu amor
    ainda anônimo
    seu rosto que não conheço
    entre tantos rostos
    a voz que acenderá estrelas
    e que ainda é uma voz qualquer"

    Amo este poema.

    Pareço voltar no tempo e reviver os meus devaneios juvenis...
    Não imaginava um dia estar escrevendo aqui, tendo a certeza da sua delicadeza e atenção.

    Obrigada por, como uma flor de verdade, ter adornado os meus dias.

    Beijos.

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  5. Ah, Roseana, desejo uma ótima mudança para a sua irmã.
    E outra coisa, hoje o meu "amor anônimo" já tem nome e sobrenome (meu lindo marido!) rsrs

    Outros beijos.

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  6. Biah, obrigada por gostar dos meus poemas e por me fazer companhia, mesmo sem eu saber. Obrigada, Angela, pela sua delicadeza sempre e para Artes e Fatos desejo que tudo fique ainda melhor.

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