O que faz com que alguns fatos tão antigos fiquem gravados em nossa memória? Por que uns são indeléveis e outros se apagam sem deixar vestígios?
Na capa do meu livro Retratos, em nova edição, há uma criança entre 8 e dez anos vestida de bailarina em cima de um banco. Sou eu. Não me lembro deste dia, mas sim do momento em que fiz a foto. Lembro do banco onde tantas vezes brincava, na casa de vila onde vivia a minha avó. Eu estava fantasiada para o carnaval. O que havia nesta menina que ficou em mim?
Minha querida Roseana,
ResponderExcluirMeu pai Antonio Cristino de Albuquerque, conhecido aqui na região como Antonio dentista, tinha Alzheimer ficando em sua memória todos as histórias e memórias do tempo de criança; minha mãe que ele não esqueceu e os oito filhos que ele sabia que eram filhos , mas muitas vezes não lembrava o nome, outras sim. Tornou-se cantor depois do Alzheimer. Lembrando das músicas do tempo de criança, músicas melodiosas a exemplo da Cabocla abandonada de Augusto Calheiros.
Lindas as suas histórias do seu tempo de criança. Essa da bicicleta, mesmo perdendo os dentes é muito linda. Essa juventude agora não tem as memórias que tivemos e que guardamos até hoje.
Bjs. Diva