segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

POEMA DE NATAL

Dezembro de flores vermelhas: quando nasce o sol e incendeia o céu,quando o sol se põe e incendeia o mar, dá uma vontade de chamar os amigos para bem perto da gente, de abraçar, dividir, trocar palavras cheias de amor, fazer poesia, cozinhar, dançar.

Para o Natal
convém rearrumar
o coração,
buscar a noite
mais escura,
mais longínqua
e estrelada,
onde na infância
tudo era assombro.

Para o Natal só o que couber
no coração:
as coisas mais etéreas,
insubstanciais,
o dom do amor,
da amizade.
Que as linhas da mão
se transformem
em barco
e nos ajudem
a atravessar a fronteira
que nos separa do outro.
Para o Natal
convém buscar a luz
antes do seu nascimento
e abraçar a vida.

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