terça-feira, 26 de setembro de 2017

CONSTRUINDO MUNDOS

Que cada um fabrique para si uma realidade paralela para poder viver, pois o real é duro demais.
Chego em casa depois de uma longa viagem e os últimos e tenebrosos acontecimentos me invadem. O exército na Rocinha, o Partido Nazista no Parlamento alemão.
Esses dois fatos distantes geograficamente se tocam no que possuem de violência, no que carregam em seu rastro. Na sua memória nefasta.
Mas enquanto faço o café, a música do mar envolve a casa e me abraça.
Penso na beleza dos encontros, na beleza dos afetos, no amor que nos justifica.
E que construir pequenos mundos, criar qualquer coisa que seja, nos salva.

Flores perfumadas de sol
e vento
semeadas pela mesa,
pela casa, pelos quatro
cantos do tempo.
In Jardins

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