segunda-feira, 24 de setembro de 2012

VENTO

O vento percorre toda a minha poesia como se fosse a sua coluna vertebral. Amo o vento, as tempestades.
Amo o mar em sua fúria. Não sei explicar o que sinto, parece que meu corpo se desmancha, parece que me dissolvo , que volto a um tempo primordial.
Hoje, aqui em Saquarema, faz frio, venta muito, o mar está imenso, esplêndido.

Releio Madame Bovary, tenho uma ternura imensa por esta mulher perdida, sempre fui apaixonada por ela. Releio Madame Bovary 38 anos depois e como mudou a minha leitura, como melhorei como leitora. Um dia, no passado, também estive perdida de mim. Mas ao contrário da Bovary, os livros me salvaram, a escrita me salvou. Hoje habito meu centro. Minha mandala está bem costurada.

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