quarta-feira, 26 de outubro de 2016

OUTRA VEZ A MALA ABERTA

Fui ao Recife e voltei. Foi tudo tão maravilhoso que parece que foi um sonho bom. Dois eventos que tiraram a Terra de sua órbita sossegada e a emoção era tanta que não podia nem dormir à noite. Joana Cavalcânti criou uma atmosfera real e onírica ao mesmo tempo. Eu e William Amorim inauguramos a série de Saraus da Editora Massangana, da Fundação Joaquim Nabuco e inauguramos a Casa Azul, simbolicamente na Livraria Cultura, que logo começará a funcionar em sua sede. Será um Centro irradiador de literatura e arte.
Mas já estou novamente com a mala aberta. Sexta-feira bem cedo vou para Visconde de Mauá, para a minha casinha da montanha.
Dentro da mala levo uma tonelada de saudades da família. Faz muito tempo que não nos vemos. A viagem é muito longa, pois não se trata apenas de estradas. Mas é preciso passar de uma dimensão para outra. De uma atmosfera para outra. De um perfume de algas para os cheiros magníficos da montanha.
Gosto mais do que tudo do cheiro da terra quando a chuva cai. E do cheiro da lenha quando acendo o fogão e inunda a casa. Gosto do cheiro da manhã e da noite. Gosto do breu da noite.
Quando vou subindo a serra uma alegria selvagem começa a me inundar.
Tudo isso eu já sei ao olhar para a mala aberta.

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