quinta-feira, 24 de maio de 2018

SYLVIA

Quando ouvi a iraquiana Zainab Salbi falar sobre seu programa Women for Women International, imediatamente decidi participar.
A ideia é dar suporte a uma mulher em zonas de conflito.
Mas não só dinheiro. Claro que o dinheiro fará toda a diferença na sua vida.
Mas você recebe uma pessoa com toda a sua humanidade e essa pessoa te recebe.
Cada ser humano cuida de muitas pessoas e mesmo aqueles destituídos de tudo, mesmo os que perderam tudo, cuidam de algo, nem que seja de uma lembrança.
Escrevo para Silvya no meu péssimo inglês.
Digo quem sou: Brasileira, escritora. Faço livros para as crianças. Isso ela vai entender.
Vou enviar uma foto.
Tive as minhas dores. Os meus sofrimentos. Mas nada se compara ao que ela sofreu: guerra e abuso.
Rezo para que a minha carta chegue ao seu destino na Nigéria.
E se alguma mulher que estiver me lendo quiser fazer parte desse projeto de humanidade, que abarca todos os lugares do planeta em conflito, eu acho que vale a pena, se puder. Não é barato. São trinta dólares por mês.
Mas se compro um vestido por esse preço, decido não comprar o vestido e usar esse dinheiro para ajudar a Sylvia.
Estou lendo um livro maravilhoso: O Feminino e o Sagrado, de Catherine Clément e Julia Kristeva.
Acho que a minha conexão com o sagrado é cuidar, ajudar.

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