terça-feira, 25 de abril de 2017

A VOLTA

Chego em Saquarema em todos os tons de azul.
Juan me diz que choveu muito, mas quando eu volto trago o sol.
Quando vou para a minha casa da montanha, as pessoas dizem : "Bom descanso", mas não é exatamente isso, embora sim, descanse muito. Mas lá é a minha outra vida, muito diferente da vida que levo aqui.
Chego e já estou no turbilhão das notícias e dos acontecimentos.
Muitas pessoas me pedem muitas coisas. Tento não deixar ninguém sem resposta. Fico muito triste quando escrevo para alguém e não recebo uma resposta de volta.. É algo muito comum em nossa época. Como disse o Manduca numa canção, filho do poeta Thiago de Mello que conheci num passado remoto, grande músico, "Gentileza é pedra rara, não se acha pelo chão..."
Entre as coisas que me pedem, às vezes sou premiada. O que aconteceu hoje, quando li o original de Julio Pires. Amei os seus poemas. Fiquei muito emocionada. Tomara que ele publique e ganhe um prêmio. Merece.
Esta semana recebo 15 professoras para um Café, Pão e Texto. Poucas coisas me deixam mais feliz do que esses encontros.
Espero com uma paciência de capricórnio, embora seja tão impaciente, que duas editoras me respondam. Estão analisando meus originais de poesia infantil. Gostaria muito de ter esses livros novos publicados. Seria uma grande felicidade. Já se foi o tempo em que eu não precisava me preocupar com isso. Mas os tempos mudaram.
A minha vida é inteiramente armada em cima de horizontes. Que mudam de lugar.
Tudo pode acontecer, podem me convidar para ir aqui ou ali e a mala está sempre meio aberta.
Hoje uma professora, Fabíola, me conta que encheu o quadro negro com meus poemas e crianças e adultos estão amando. Uma professora veio dizer que também havia perdido uma maleta cheia de amores...

Nenhum comentário:

Postar um comentário