quinta-feira, 30 de julho de 2009

JARDINS

Flores alimentam sonhos,
dão de comer aos olhos,
arrumam e desarrumam
formas e cores.

Jardins, ed. Manati


Hoje queria falar do meu quintal. Onde antes só havia areia, quando compramos a casa em 2002, hoje há um bosque, um belo jardim. Gosto de me sentar aí, bem quieta , de manhã, e deixo que minha alma se perca ouvindo os pássaros. As árvores já estão bem grandinhas : seis coqueiros sempre carregados , cravo, canela, limoeiro, goiabeira, louro, graviola, acerola, pitanga, romã, jabuticaba, mulungu, bico-de-papagaio , uma imensa palmeira triângulo, uma areca e um jardim só de cactos. Um flamboyant de flores vermelhas hospeda uma orquídea. Tenho uma pequena horta de temperos. Onde antes só havia areia, hoje muitas vidinhas se agitam, visíveis e invisíveis. O quintal é uma aquarela: hibiscos e buganvílias colorem os muros e o mar faz o fundo musical. Na varanda tenho um fogão de lenha que me conecta com os ancestrais. E o vento que sopra do mar une todos os elementos.
A poesia está em tudo, de vez em quando estico a mão e apanho um poema como um beija-flor em pleno voo.

Um comentário: