terça-feira, 26 de maio de 2015

MAYA

Estivemos esperando Maya, a filha do Juan que vinha de Barcelona, a manhã inteira. Chegaria às 10:15 aqui no cais Giglio. Esperamos esperamos esperamos. Ainda bem que a vista do Canal é magnífica. No celular nenhuma mensagem. Quando nos cansamos de estar em pé voltamos para o Hotel nervosos. Ao meio dia ela chegou com Kira e Astor,os dois netos. Seu avião teve um problema técnico e atrasou uma hora. Além disso ela perdeu o vaporetto que para aqui na esquina e teve que esperar algum tempo pelo próximo.
Enfim saímos. Astor tem apenas três anos e andar com ele é complicado. Kira tem nove e já é uma linda mocinha.
Fomos para a Accademia caminhar no Zattere. Sobe escada, desce escada, uma ponte, outra ponte, outra ponte... Felizmente Astor se apaixonou de paixão perdida pelas gôndolas.
Almoçamos ao ar livre, debruçados na água. E falávamos da dificuldade de viver em Veneza e como já quase não há venezianos vivendo aqui. Tudo é complicadíssimo. Para fazer uma compra, levar crianças para a escola, ir a um hospital. Nada é fácil nesta cidade museu. E nem se fala do inverno. Dos ventos. Quase todos os  Palácios estão fechados. Felizmente muitos viraram hotéis e Museus.
Esta cidade deveria fechar o porto para os Cruzeiros e dar incentivos aos moradores para que não fossem embora. Veneza é tão bela que a sua irrealidade salta aos olhos.
No fim da tarde fomos para São Marcos e as crianças enlouqueceram com os pombos.É proibido alimentá-los, mas imigrantes paquistaneses, indianos, colocam milho na mão das crianças em troca de alguma moeda.
Africanos vendem bolsas falsas e a polícia tem algum acordo com eles, pois quando vem chegando perto, eles se afastam. Kira teve medo de que os levassem presos, ficou muito nervosa. A minha teoria é de que as próprias grifes fabricam as bolsas falsas.
Para hoje anunciavam muita chuva o dia inteiro, mas felizmente erraram. O dia está lindo! Vamos agora ver uma exposição num Palácio belíssimo, onde fica o Instituto Italiano de Desenho. E assim começará o dia, a sua arquitetura tendo que moldar-se ao desenho de uma criança de três anos.

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