segunda-feira, 22 de maio de 2017

CAMPO S. MARGARITA

O Campo S.Margarita com suas Osterias maravilhosas havia fincado raízes em nossa memória.
A praça é cheia de bancos vermelhos, alguns na sombra de árvores belíssimas. Uma praça para ficar algumas horas.
Na minha frente há uma Erboristeria Il Melograno. Em 2015 uma senhora muito antiga varria a sua loja.
Hoje, dois anos depois, lá está a velha senhora, na mesma posição, varrendo, com movimentos lentos.
Mas será que esse tempo passou ou voltamos no tempo?
Aqui, milagrosamente , falam italiano. Há uma vida de bairro, o que é raro em Veneza. Cada vez mais os venezianos vão embora.  Amigas tão elegantes conversam. Há uma feirinha de verduras e legumes e frutas no meio da praça. Na sombra um vento leve me acaricia. Hoje parece um dia de verão.
E enquanto caminhava, pensava: E como fazem com o lixo de Veneza?
A resposta:
Uma barca no ancoradouro, com um guindaste, recolhe um engradado de metal onde há vassoura e pá e caixas de papelão. O lixo vai para um buraco aberto no chão da barca e o guindaste devolve o recipiente para terra firme. Alguns lixeiros chegam com sacos plásticos e jogam nesse buraco.
Aqui nessa praça a elegância dos italianos é uma festa para os olhos. É impressionante.
Nada a ver com a deselegância americana.
Um gondoleiro pára e beija uma senhora sentada em nosso banco com a intimidade de quem vive no mesmo bairro.
Daqui a pouco vamos procurar um Café, la pelos lados de Rialto, onde trabalha Eugenya, a russa mulher de Paolo, italiano de Puglia. Ficamos amigos em 2015, ele trabalha como garçom na Taverna Maurizio.
Paolo operou o joelho, está de licença médica e queremos visitá-lo em sua casa em Mestre.
Trouxemos algumas lembranças para eles: café artesanal brasileiro, sandália havaiana para ela. Bem clichê, mas com tanto amor.

Nenhum comentário:

Postar um comentário