quarta-feira, 7 de março de 2012

FRALDAS DE PANO

Hoje Maria Clara passou bem cedinho por aqui para me deixar um exemplar do jornal POIESIS (www.jornalpoiesis.com.br).
Li uma entrevista com uma jovem mãe que me impactou muito.Assim como existe um movimento de slow food na cozinha e em tantas áreas se rema contra a corrente, Roberta Calábria nos oferece uma belíssima visão da maternidade. É antiga e é nova, antiga porque prega a volta das fraldas de pano e nova pois esta é a atitude correta frente ao lixo terrível que as fraldas descartáveis fabricam. Ela nos explica que as fraldas de pano evoluiram e são super corretas ecologicamente, já que oferecem a possibilidade de descartamos as fezes do bebê dentro do vaso sanitário, por exemplo, ao invés de irem para o lixo e o toque do pano de algodão com a pele do bebê não é o mesmo que o toque do material plastificado. Mas ela nos fala sabiamente de muitas e muitas coisas e vale a pena ler a belíssima entrevista. Basta acessar o jornal. Transcrevo a apresentação:

" Parto natural, amamentação, fraldas de pano. Cada vez mais mulheres optam por irem contra a corrente do consumismo e da rapidez em tudo e adotam iniciativas que as aproximem verdadeiramente do contexto natural e da sustentabilidade. Assim, ser mãe passa a ser uma atitude consciente, que envolve família, meio ambiente e economia de maneira harmoniosa. A valorização dos laços afetivos ganha nova dimensão.Neste mês em que se comemora o dia internacional da mulher, o Jornal Poésis foi ouvir a jovem Roberta Calábria, mãe, esposa e pequena empresária, que com seu "empreendedorismo materno" faz-nos refletir sobre os rumos que estamos dando às nossas vidas. Segundo ela, "a participação ativa das mulheres na sociedade trará resultados cada vez melhores, transformando o mundo em um lugar mais tranquilo, amoroso e pacífico, assim que estas mesma mulheres encontrem condições satisfatórias para criarem com essa mesma tranquilidade, amor e paz os seus próprios filhos".

MULHER

Voluptuosamente
metade maçã
metade serpente
com teus passos
inventas o mundo

às vezes brincas
de pássaro
ou
andarilha de sombras
com teus olhos evocas
cordilheiras abissais
e é no teu âmago
que a noite se forma

dentro de ti
o novelo da vida

Roseana Murray in Pássaros do Absurdo

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