segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

SEMPRE DE NOVO

Chove muito. O dia está para ler poesia. Abro um livro do Rilke ao acaso, como gosto de fazer com os livros de poesia. Ele me oferece um belo poema de amor:

SEMPRE DE NOVO

Sempre de novo, mesmo conhecendo a paisagem do amor
e o pequeno cemitério com os seus nomes comoventes,
e o abismo, terrivelmente mudo, onde os outros
terminaram: sempre de novo saímos, a dois,
sob as velhas árvores: deitamo-nos, sempre de novo,
entre as flores e de frente para o céu.

Rainer Maria Rilke
Tradução Karlos Rischbieter, ed. Posigraf


Sempre de novo fazemos as mesmas coisas, os mesmos gestos, falamos as mesmas palavras: estamos vivos.

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