sábado, 21 de agosto de 2010

SÍLABA A SÍLABA

Tenho alguns livros quase saindo, reedições, livros novos. E não tenho nenhuma vontade de escrever. Talvez seja porque meu grande amigo oscila entre a vida e não vida, tenho um imenso desejo de me recolher, entrar na concha, ficar muito quieta.
Mas arrumo as malas para uma longa viagem , a vida , esse mar incessante. A vida, sílaba a sílaba, como no poema do Eugênio Andrade :

SÍLABA A SÍLABA

Eis sílaba a sílaba de uma cor perversa
o tempo quase nu para levar à boca
Como se fora minha a respiração do trevo
alcanço a linha de água

Habito onde o ar dói

as próprias mãos acesas

4 comentários:

  1. Roseana: você precisa de um tempo "na caverna".Quando voltar da viagem nos presenteará com escritos densos e sensíveis,como você.Vá e volte!Beijos incentivadores!

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  2. Roseana,
    Estou com a Maria Neusa;assino embaixo.
    Beijos,
    Cida

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  3. Receba todo meu carinho de sempre, neste momento estranho. Amo muito você.

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