Voltar para casa em Saquarema é receber o mundo inteiro de uma vez só, junto com o mar , o jardim, as gatas. Porque sou casada com Juan Arias, jornalista, e em suas veias correm notícias junto com seu sangue.
Vivemos um tempo em que saber de tudo quase nos asfixia e tento me proteger como posso para não me desmanchar .
Enquanto o mundo pulsa em nosso corpo, cresce em nós, como uma planta carnívora, a sensação de impotência.
Penso que trabalhar no pequeno ajuda, pequenos gestos, pequenos atos de escuta e solidariedade, fazer a vida de quem está perto da gente um pouco mais fácil, levar alegria para quem a gente pode.
Quando tenho tantas solicitações que quase me afogo, paro tudo e respiro. Muitas vezes nos esquecemos de respirar.
Fiz uma opção de vida. Moro numa cidade muito pequena. Acho que as grandes cidades trituram as pessoas.Mas quem não pode sair tem que buscar e construir seus espaços de leveza, leitura e contemplação.
terça-feira, 2 de agosto de 2016
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