segunda-feira, 19 de junho de 2017

NO JAPÃO

Ontem vi um programa sobre a sexualidade e afetividade no Japão.
Fiquei muito impressionada.
Noivas que se casam sem noivo. Para sentir a experiência. Mas o que faz sentido em dupla, transforma-se numa pantomima triste e surreal.
Namorados de aluguel. Mas não para fazer sexo e sim para andar de mãos dadas, tomar sorvete juntos, enfim, o que faria um namorado na década de 50.
Amantes que são bonecas perfeitas de silicone.
Casas de encontro que não são bordéis, mas o cliente paga apenas para estar perto de uma mulher, vestida como heroína de mangá, paga para deitar por alguns minutos a cabeça em seu colo.
Japoneses não tocam ou beijam. Mas o que foi focalizado é gravíssimo.
Na era virtual não conseguem mais comunicar-se realmente, cara a cara com outro humano. Sabem mover-se apenas no mundo virtual, apenas dentro dos mangás.
Diz o programa que a natalidade está diminuindo assustadoramente.
Um francês faz festas para favorecer encontros entre franceses e japoneses, já que os franceses ainda possuem a capacidade de se relacionar. E realmente já conseguiu juntar alguns pares.
Não sei a extensão do problema realmente. Mas se o que vi for verdadeiro é apavorante.
Será esse o futuro da humanidade na era virtual?
O Brasil é um país muito complicado e estamos vivendo um tempo triste e difícil. Entretanto, ainda sabemos abraçar, beijar, fazer amor. Ainda sabemos nos tocar.

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