sábado, 8 de maio de 2010

BERTHA

Enquanto escrevo, minha mãe, Bertha Gutman Kligerman, vive seus últimos minutos. Já está inconsciente e sem pulso, apenas o coração funciona. Estou indo de Saquarema agora para o hospital, mas já nos despedimos intensamente este ano em que teve uma sobrevida. Estava sofrendo muito estes últimos dias e sua partida é uma viagem rumo á liberdade. Ficou em casa até o último segundo possível, mas tivemos que interná-la. Já não volto para Saquarema, pois segunda-feira vou para Brasília e emendo outras viagens. Ficarei ausente do blog por uns dez dias. Mas se puder dou notícias.
Minha mãe viveu uma vida linda e intensa, foi uma artista incrível e é um maravilhoso espelho para mim, suas últimas palavras quando me despedí dela na quinta-feira no hospital: _ Você está tão bonita...

4 comentários:

  1. Lembrei do poema do Drummond: "Mãe não morre nunca, mãe ficará sempre". Um afetuoso abraço...

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  2. Meus sinceros sentimentos, Malú.

    "Para os ouvidos de um filho, 'mãe' é mágica em qualquer lingua."

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  3. "Estudante,efetuai esta simples purificação.
    Sabes que a semente está dentro da castanheira-da-índia
    e que dentro da semente estão os brotos da árvore,e as castanhas,
    e a sombra.
    Assim também dentro do corpo humano está a semente,e dentro da semente,
    outra vez,o corpo humano"...
    - Kabir- poeta místico indiano


    " Morremos com os agonizantes:
    Vê, eles nos deixam,e com eles seguimos.
    Nascemos com os mortos:
    Vê,eles retornam,e nos trazem consigo."

    T. S . Eliot

    Para Roseana e família,com meu estar junto: maria neusa

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  4. Obrigada pelo carinho. Obrigada pelas palavras maravilhosas. Palavras são unguento. Roseana, 14 de maio.

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