terça-feira, 25 de maio de 2010

CONCHAS

Nestes dias em que me sinto dentro de uma concha envolta em mar, diz Neruda em seu livro Maremoto:

Conchas vacías de la arena
que dejó el mar cuando se fue,
cuando se fue el mar a viajar,
a viajar por otros mares.

Dejó las conchas marineras,
pulidas por su maestría,
blancas de tanto ser besadas
por el mar que se fue de viaje.

Trabalho em meu livro dos quatro elementos, pois agora tenho um prazo para entregar o livro: julho. Com tanto mar tenho que escrever mais sete poemas sobre terra e quinze sobre o ar. Sempre trabalhei assim, me impondo limites e prazos. É um caos regido por capricórnio.
A ed.Objetiva fará uma antologia, os Poemas dos Quatro Elementos, Todas as Cores Dentro do Branco (livro que estou retirando da ed. Ediouro) e Variações sobre Silêncio e Cordas que está no site em forma de e-book. Me agrada muito a tessitura dos elementos, as cores, o silêncio. Acho que teremos um belo livro.Quase uma tapeçaria.

2 comentários:

  1. Roseana: espero ansiosa seu livro sobre os quatro elementos: sou regida pelo fogo e pelo ar....sou complementar e contraditória.Quando meu filho mais velho se casou,meu presente foi poemas de Neruda,que um leu para o outro na cerimônia de comemoração: arrepepiante esse poeta,emocionante a visita que fiz a sua casa de Valparaíso.Beijos compartilhantes.

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  2. Maria Neuza: você é uma mulher furacão!!! Que maravilha. Roseana

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