terça-feira, 26 de junho de 2012

LANÇAMENTO MÁGICO

O lançamento do meu livro Diário da Montanha foi totalmente mágico, fora da curva do tempo. Parecia uma irrealidade.
Bia Hetzel e Silvia Negreiros, minhas editoras, que construíram um livro belíssimo, eram os meus anjos da guarda. Evelyn Kligerman e Luis Mérigo, minha irmã e meu cunhado, esvaziaram a sala do atelier de cerâmica para que coubessem os músicos. Então era assim: do lado de fora do atelier havia um caminho de velas e um rio de luz. Algumas mesinhas com cadeiras no meio de belas esculturas. A noite estava fria.  Na entrada do atelier ficava o bar com os vinhos e se passava para a sala. Minha tia Alice sentada numa mesa antiga com uma pilha de livros e uma caixinha colorida para o dinheiro, toda produzida e linda nos seus mais de 80 anos, estava totalmente compenetrada na sua função de vendedora. O coquetel preparado pelo Babel Restaurante era estonteante, sofisticado e maravilhoso.Meu filho André Murray e minha nora Dani Keiko trabalharam muito para que tudo saísse perfeito. Dino, um violinista cigano, era o meu sonho personificado. Quando pensei em música , pensei num violino.  Ele tocava divinamente bem, um verdadeiro escândalo e tornava a atmosfera mágica, abria um portal para uma outra dimensão. As pessoas iam chegando, chegando, era um fluxo incessante e belo. Meus amigos do passado estavam quase todos aqui. Quando Dino tocou música cigana de repente estávamos dançando numa roda no meio da sala e ele emendou com música judaica e era tudo uma coisa só, afinal judeus e ciganos se abraçam. O Coral de Visconde de  Mauá, sob a batuta da Márcia Patrocínio cantou uma música para mim.
Elisa Lucinda que viria e leria alguns poemas me telefonou desejando felicidade , não poderia vir. Juan não pode vir. Messias e Kátia, meus grandes amigos médicos vieram e tiveram que ir embora no domingo por causa de uma emergência. Hélio e Fernando viriam, mas Hélio teve uma pneumonia. Angela Carneiro quebrou o pé e não pode vir, mas garanto que todos os ausentes estavam presentes. E também meus antepassados, e meu tio violinista na longínqua Polonia num tempo longínquo. Numa penteadeira antiga, na sala, uma foto dos meus pais colada num espelho. Todos presentes.
Agora o livro Diário da Montanha já existe .

3 comentários:

  1. Gostaria de ter estado lá, que lindo *.*

    Quero ler seu livro logo!

    Beijos!

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  2. Gaby, logo o livro estará na Livraria Cultura. Um beijo grande, querida!

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  3. Roseana: Vou encomendar o meu!A capa está linda.!Através de seu relato eu vivi todo aquele encantamento.Beijos amigos.

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