Ao lado do ateliê da minha irmã em Visconde de Mauá há uma loja muito interessante, a loja da Edith. Ela vende uma linha de perfumes que amo, com cheiro de mato e é só o que uso, na verdade são águas de cheiro. Desta vez quando fui comprar o meu perfume de sempre , pois o outro já estava acabando, a Edith me disse: "vamos fazer uma troca? Troco o perfume pelos teus dois livros , o Diário da Montanha e o Abecedário de Frutas. E ainda tive troco! Achei o máximo trocar poemas por perfume, ambos são voláteis...
EXISTÊNCIA
Será que o destino
é um mapa
e se conseguir decifrar
o que está oculto,
os rios subterrâneos,
as pegadas no chão
de terra,
poderei responder ao poeta
"existirmos, a que será
que se destina?
Será que o destino
é uma teia
e somos nós as aranhas
e fabricamos as esquinas,
as bifurcações
com nossa saliva?
Basta seguir a seta
onde se lê a palavra
vida?
in Diário da Montanha, ed. Manati, Prêmio O Melhor de Poesia de 2013, F.N.L.I.J
quinta-feira, 21 de novembro de 2013
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