terça-feira, 1 de novembro de 2016

NA MONTANHA

Estar na montanha desmancha o tempo. Quando chego parece que sempre estive aqui, desde sempre.
No livro que estou lendo, do Manguel, A Cidade das Palavras, ele fala do conceito de tempo entre os esquimós e é assim que sinto o tempo: Imóvel . Nós é que nos movemos, para frente, para trás, em círculos. E quado uma história é contada, mesmo que seja tão antiga, que tenha mais de mil anos, o ouvinte está lá, naquele tempo.
Então, nós, leitores, temos a capacidade de sim, viajar no tempo e no espaço, pois vivemos em mundos paralelos. E o tempo não pode ser dividido, claro que não.
Aqui, na montanha, eu flutuo na pele do tempo.

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