sexta-feira, 9 de março de 2018

MOMO

Cada vez que vejo um varredor de rua compenetrado em seu ofício, me lembro do Beppo, personagem de Momo, do Michael Ende e sua filosofia de vida.
A sua tarefa era imensa: varrer um grande emaranhado de ruas. Mas ele não pensava no que ainda teria que varrer. Ele simplesmente se concentrava naquele pedacinho na sua frente. Então não se afligia, não se angustiava.
Cada momento que vivo, cada cena que vejo, me traz alguma coisa que li, ao longo do tempo.
Os livros não são apenas lidos e acariciados. Eles entram na corrente sanguínea, tenho certeza que meu sangue está cheio de palavras mágicas.
E a varredora de rua ( é uma mulher) segue na minha frente, varrendo a pracinha, varrendo, varrendo... se estivesse ventando o vento me traria o poema do Bandeira...
" O vento varria as folhas
O vento varria os frutos
O vento varria as flores
...................................................................................

Nenhum comentário:

Postar um comentário