domingo, 4 de julho de 2010

MURURU

Bia Hetzel, escritora e editora da Manati me ofereceu um pacote de livros para meus netinhos Luis e Kira que vivem na Espanha. Mas, ela me disse, um dos livros era para mim. Mururu no Amazonas, de Flávia Lins e Silva é um belíssimo conto grande ou novela. É uma obra-prima que nos deixa sufocados de emoção. Navegando pelas águas dos rios da Amazônia, pelos igarapés, pelas margens e lagos, Mururu é um barquinho que leva sua dona Dorinha ou Andorinha ao seu destino: o inesperado, que este é o destino de todos nós. Dorinha ou Andorinha precisa desfazer muitos nós, o pai desaparecido, sua transformação em mulher, a descoberta avassaladora do amor e suas consequencias. A escrita de Flávia tem o ritmo da água e desata tantas emoções que quando terminei de ler estava embargada.
Ela escreve maravilhosamente bem e em alguns momentos apesar da sua escrita de água, senti um vento Manoel de Barros, principalmente quando ela se aventura na terra. É muito interessante a Dorinha-Andorinha ser da água e o seu amor, Piú, ser da terra. Masculino e feminino se entrelaçam. Flávia não fecha o conto, como não se pode fechar a vida, os rios continuam fluindo ...

Ontem recebemos em casa nossos amigos Latuf e Hélio e Fernando que voltaram da Toscana onde ficaram hospedados num castelo por 12 dias. Conto de fadas.

2 comentários:

  1. Roseana: adoro suas resenhas poéticas( valem serem publicadas num livro) e vou logo anotando pra ler.Beijos gratos.

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  2. Que bom, Maria neuza, este livro vale um rio de emoções.

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