Saquarema tem tesouros escondidos na sua zona rural. Hoje tomamos café da manhã no sítio de uns amigos muito queridos e me sentia numa fazenda do século XIX. Conto algumas coisas que vi:
Um pavão maravilhoso, logo na chegada. Uma galinha chocando no fogão de lenha, dentro de uma cesta, em cima de quinze ovos. Uma mangueira carregada de mangas e flores e dezenas de vasos de orquídeas floridos, cada um de um tamanho, fazendo uma dança em torno da árvore, uma dança mágica. Uma árvore de lima da pérsia toda carregada e florida. Acabávamos de ler um poema do Neruda na mesa do café e eu perguntei ao Juan: _O que é azahar? e ele me respondeu: _ É a flor da laranjeira. Depois do café, ao passarmos pela árvore o Juan apontou as flores: _ Veja, isto é azahar! As flores da laranjeira sairam do poema (literalmente).
No café da manhã havia uma salada de fruta em taças individuais e maravilhosas, coberta com lascas de coco fresco, linda! Um bolo de fubá com coco, salgado e bem molhado, devem ter copiado a receita do paraíso. Um bolo cheio de nozes e passas, um pão integral caseiro, geléias da casa, ovo frito com tomate, tudo isso olhando a mata luxuriante e a lagoa. Lugar mais lindo não há, tão virgem, tão bem cuidado. Falamos da vida, eles acabavam de voltar do Uruguai e estavam encantados com o país e a simplicidade do seu presidente que mora numa casa comum e dirige seu próprio carro, ao contrário dos nossos políticos que ao chegarem ao poder se lambuzam. Falamos de livros, de poesia. Vimos fotos da Isla Negra, da casa do Neruda, pois nosso próximo livro do Clube de Leitura é O Carteiro e o Poeta.
domingo, 21 de outubro de 2012
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