A memória é feita de fragmentos. Impossível uma memória linear. Os tempos se misturam dentro de nós, e o que fica são as vivências, não dias, meses ou anos. Os vivos se misturam com os mortos e todos estão vivos dentro de nossas memórias.
Ontem vi um filme belíssimo, As praias de Agnès. São as memórias da cineasta Agnès Varda por ocasião dos seus 80 anos. Ela nos mostra como o filme vai sendo criado, mistura fotos do passado, filmes e instalações maravilhosas no presente recriando algum momento deste passado. É uma lição de vida e de cinema.E foi incrível pescar este filme quando voltei da praia, às oito horas da noite. Fomos ver o sol cair no mar e quando saía da praia, por um momento, parecia que a casa dos meus pais ainda estaria lá, na rua atrás da praia, bastaria atravessar a rua, virar a esquina e encontraria todos na casa , minha mãe sentada no jardim, meu pai jogando cartas com os tios, minha tia Cecília cozinhando. Foi uma lufada que passou em segundos. Então ver o filme da Agnès Varda, que começa com uma cena de espelhos na praia, foi muito impactante.
quarta-feira, 25 de janeiro de 2012
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Querida Roseana, aqui do meu cantinho, leio suas postagens tão lindas, repletas de um lirismo doce e de uma beleza suave. Sinto pena que essas delicadezas da vida de todos nós, que você tão bem captura com sua sensibilidade,eu geralmente experimente com um certo travo de melancolia... Ensine-me o segredo da sua visão solar e iluminada! Beijos!
ResponderExcluirO segredo é o exercício zen de viver o momento. Não é nada fácil. Mas mergulhar profundamente em cada instante mnodifica a vida. Fazer meditação todos os dias também ajuda. Beijos, Aletheia.
ResponderExcluirAcabei de ler e estou agradecendo como um dos presentes do meu aniversário.
ResponderExcluirHoje estou ficando mais experiente.
Feliz Aniversário, também para muitos que nasceram neste dia.
Angela