Angela, membro do Clube de Leitura da Casa Amarela e leitora do blog, comprou o livro A Morena da Estação do Ignacio de Loyola Brandão, indicação do blog. A história que dá título ao livro daria um filme! É belíssima.
Kats e Yuki, meus amigos japoneses virtuais, tradutores, me escrevem contando que compraram El Jinete Polaco do Muñoz Molina que indiquei no ano passado. Infelizmente El Jinete Polaco não está traduzido para o português, que eu saiba. Mas é um livro impactante, maravilhoso.
Dividir livros é um dos maiores prazeres da vida. Dividir histórias, o olhar do autor, seus pontos de vista, sua escrita. A cumplicidade que o amor por um livro cria entre duas pessoas é imensa, pois fala de coisas mais profundas.
Encomendei ontem o último livro do Amoz Oz, O Monte do Mau Conselho e espero ansiosamente a sua chegada. Há uma certa beleza em esperar o correio. Eu e Juan namoramos por quase dois anos através de cartas. A menina do correio lá no Rio Comprido já me conhecia. Ela sabia que eu era poeta, não me lembro como. Deve ter visto eu colocar algum livro meu numa caixa de sedex para o Juan. Um dia, ao levar a carta do dia, ela me pediu:
_ Por favor, faz um poema agora para mim. É aniversário do meu namorado!
Um dia, no metrô do Rio, na década de 90, uma mulher jovem lia Os Doze Contos Peregrinos do Garcia Marquez. Desejei aquele livro tão ardentemente que me doeram os ossos. Ganhei o livro de presente. É impressionante a força do desejo!
quarta-feira, 4 de janeiro de 2012
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Não acredito que você viveu de verdade o meu livro!!! Ah, Roseanna, quando a gente se conheceu na Lucia Riff eu devia ter sabido !!! Quer dizer que você é a "Laura" verdadeira!
ResponderExcluirAngela, não entendí. Por favor, me explica pois fiquei curiosa!
ResponderExcluirAh! Roseana eu estou fascinada pelo livro e acho que esse escrito do José Saramago que estava meio perdido nos meus arquivos explica o que estou sentindo, bem como todo o livro.
ResponderExcluirObrigada, novamente.
Angela Quintieri
A viagem não acaba nunca. Só os viajantes acabam. E mesmo estes podem prolongar-se em memória, em lembrança, em narrativa. Quando o visitante sentou na areia da praia e disse:
“Não há mais o que ver”, saiba que não era assim. O fim de uma viagem é apenas o começo de outra. É preciso ver o que não foi visto, ver outra vez o que se viu já, ver na primavera o que se vira no verão, ver de dia o que se viu de noite, com o sol onde primeiramente a chuva caía ver a seara verde, o fruto maduro, a pedra que mudou de lugar, a sombra que aqui não estava. É preciso voltar aos passos que foram dados, para repetir e para traçar caminhos novos ao lado deles. É preciso recomeçar a viagem. Sempre.
José Saramago
Saramago tem uma escrita muito muito poética.
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