terça-feira, 30 de outubro de 2012

UMA CASINHA DENTRO DO BOSQUE

Cheguei ontem à noite em Resende, de Visconde de Mauá. Passei cinco dias na minha casinha dentro do bosque, desconectada. Na minha casinha não tenho internet e nenhum sinal para celular. É um mergulho total para dentro da natureza. Outubro é o começo da época das chuvas. Choveu granizo depois de um dia lindo de muito calor. Choveu todas as tardes. Li um livro lindíssimo do Hermann Hesse que não conhecia: Pequeno Mundo. São sete contos maravilhosos e não poderia haver lugar mais perfeito para se ler os contos. Passei muitas horas com meu neto. Muitas horas contemplando.
Para este projeto do Sesc Barra Mansa fico sediada em Resende e todos os dias de trabalho, um taxista, André, vem me buscar. Ficamos amigos , ele é um grande lider na sua comunidade em Floriano, luta pela escola municipal, para que não acabe. A idéia é acabar com as escolas rurais, sai mais barato levar as crianças de ônibus para Barra Mansa do que investir nas escolas.  Ele foi almoçar conosco no domingo levando sua bela família, pois meu neto já havia se apaixonado pelo seu filho Ian. André e Ione, um lindo casal. Os dois lutam pelo lugar onde vivem. Eles possuem uma padaria e nos contaram que o ofício de padeiro está em extinção, mas felizmente conseguiram um padeiro e confeiteiro maravilhoso que além de pão, faz bolos e tortas e um maravilhoso pão de queijo. Agora, ele nos contou, a massa vem congelada e pronta e não é preciso um padeiro para fabricar a massa. Heresia, horror dos horrores. Felizmente na minha casa não compro pão, eu mesma o fabrico, todos os dias, com as minhas mãos. E a padaria do André tem um padeiro.
Amanhã cedo volto ao trabalho em Barra Mansa e de lá já vou direto para casa. É uma longa estrada.

3 comentários:

  1. Olha Roseana que bonitas viagens foi tem feito, não é?
    Tenho certeza que além de ensinar, você tem aprendido muita coisa. E divide tudo isso com a gente(seus leitores).
    Quanto a esse maravilhoso alimento, eu penso que só mesmo você para criar um alimento tão simbólico, sublime e, sobretudo divino como é o pão. O meu pai sabia fazer um pão muito gostoso, mas eu não tenho o mínimo jeito para fazê-lo.
    É uma pena realmente que um padeiro não possa, ou não queira trabalhar com algo tão precioso.
    Paciência, não é?
    Com carinho,
    Angela

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  2. Obaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!!!!!!!!!!!!!
    Obrigada.
    Bjs
    Angela

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