Ontem pela tarde, no meu encontro com as crianças, havia um grupo de adolescentes lá no fundo da quadra. Eles eram de outra escola, a E.M Dionísia e este intercâmbio é muito bonito.
Quando as crianças foram embora, me sentei com eles numa roda para conversar. E fiquei sabendo que a escola deles está em obras e inúmeros transtornos atrapalham a vida da escola. Os livros estao encaixotados e eles trabalham apenas com uma apostila didática. Como estavam sentados num belo tapete, eu contei a história das Mil e Uma Noites. E fizemos um exercício lindo, tecemos um tapete imaginário com algum acontecimento maravilhoso da vida deles. Todos falaram de nascimento. Uma menina falou da recuperaçao da mae que ficou em coma por um ano. Falamos de profissoes, uma menina quer estudar gastronomia. Li alguns poemas, contei do meu processo de criaçao. Foi um belo encontro. Eles me ouviam em profunda sintonia e silêncio. Depois o professor me disse que aquilo foi um milagre, pois eles sao muito dificeis. Nao é um milagre, absolutamente. De uma maneira simples cheguei até eles. E os livros deveriam ser desencaixotados com a maior urgência possível. A gente faz uma leitura compartilhada até debaixo de uma árvore. Quando o nosso encontro acabou, uma menina veio me contar que ela escrevia poemas.
Decidi voltar amanha de ônibus, acho que é o caminho mais curto.
Hoje tenho a manha livre. Carmem e Tânia Rita me levarao até alguma praia deslumbrante.
sexta-feira, 9 de novembro de 2012
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