Hoje fomos caminhando até a Feirinha perto da Vila pelas margens do aeroporto para comprar tapioca. O aeroporto daqui de Saquarema não tem pista, é só gramado. Ali, na beira do aeroporto as casinhas ainda são do tempo em que a cidade era um vilarejo de pescadores. São casinhas de pescadores, miudinhas, singelas.
O brasileiro se vira. Cada um como pode. Passo na porta de uma casa e um cartaz diz: "Explicadora formada".
Numa outra casa: "Vende-se sacolés"
E em cinco casas vejo um barzinho na calçada com mesas e cadeiras toscas. Uma improvisação. Num desses estabelecimentos, a janela estava aberta e havia um balcão com algumas garrafas e imagens de Nossa Senhora.
Dá uma ternura. Uma vontade de chorar como na música do Chico. É gente simples e que faz o que pode para sobreviver.
Na barraca da tapioca se pode comer tapioca feita na hora e também pastéis, caldo de cana, bolinhos de aipim.
Há uma outra barraca que faz churrasquinho com farofa.
Amo as feiras. Viro criança num segundo e me vejo lá longe, na minha infância, com a Eunice, minha mãe negra, comendo quebra-queixo, que me levava direto para Pasárgada sem eu saber que Pasárgada existia.
sábado, 25 de julho de 2015
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