quarta-feira, 26 de agosto de 2015
O CORPO
Começo um trabalho novo. Escrevo como se desenrola um novelo. Quando começo vou desenrolando. Não para publicar, mas para ter novos poemas me habitando:
O corpo cântaro
atravessado pelos ventos
que sopram desde a lua
mais distante,
oscila com o tempo
que já foi usado.
O corpo todo escrito
com o alfabeto gasto
das histórias vividas
se lembra que também é terra
quando sente a terra nos pés,
que também é escrita
impressa na pele do outro,
que também é céu e lua
quando se aninha
nas dobras da noite
para respirar.
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