sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

COLO DE AVÓ

Nunca se sabe o que o dia nos trará. Hoje o dia me trouxe chuva e uma braçada de alegria. O telefone tocou e era meu filho músico que me dizia:
_Mãe, parabéns! O Colo de Avó entrou no Catálogo de Bolonha!
Eu não sabia.
Estar no Catálogo é uma honra. É feito um prêmio. O livro foi selecionado entre tantos.
O Colo de Avó só me trouxe felicidade.
Com ele pude dizer um pouco, com humor e leveza, o que é ser avó.
Quando eu era criança minha avó era sempre delicada. Fazia para mim biscoitos de nata. Falava português muito mal e falava bem baixinho. Eu gostava do seu jeito de falar. A sua casa era silenciosa e eu sempre amei o silêncio. Ela tinha a coleção completa do Tesouro da Juventude. Eu não podia levar para casa, mas ia para lá e lia os contos de fada.
Cada vez que eu chegava e eu ia lá na sua casa quase todos os dias, ela me dizia surpresa:
___ Ah, Roseana!
Como se não me visse desde muito tempo. Eu adorava.
Agora sou avó. E quando escrevi os poemas, queria dizer esse sentimento, a alegria transbordante que um neto produz.

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