Lembro quando fiz 10 anos e me preparava para dar um grande salto: estudaria nas férias para pular o admissão e ir direto para o primeiro ano ginasial.
Não lembro de nada quando fiz 20 anos.
Lembro quando fiz 30 anos: publiquei meu primeiro livro, o Fardo de Carinho e morava em Visconde de Mauá. No dia do meu aniversário chovia e fui dar uma caminhada com o maestro Nelson Ayres, meu amigo na época. Fomos até a Cachoeira da Grama e ele me ofereceu a cachoeira como presente de aniversário.
Lembro quando fiz 40 anos e me achei velha e triste, meu casamento se arrastava para o fim. Estávamos na Ilha de Jaguanum e eu tinha muita pena de mim.
Lembro quando fiz 50 anos. Estava em Trancoso, apaixonada pelo Juan, me sentia jovem e pronta para a vida.
E fiz 60 anos e me sinto cheia de energia, sempre pronta para os desafios. Estou escrevendo um novo livro de poesia, o Diário da Montanha e estou gostando do que vai saindo.
terça-feira, 28 de junho de 2011
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Roseana: lembra daquele texto,que diziam ser do Chico Anísio( duvido) em que a história do ser humano era contada às avessas: começávamos velhos e íamos nos rejuvenescendo???Acho que é o que acontece com nossa alma....beijos tb jovens.
ResponderExcluirÉ verdade, fui rejuvenescendo...
ResponderExcluirRoseana, não nos conhecemos (ainda), mas li essa cronologia que é exatamente igual à minha, pois temos a mesmíssima idade. Eu acho que fomos privilegiados por ter a década de 60 como base de toda revolução que aconteceria na tecnologia, artes e letras... Bom, o espaço é curto, mas quero que conheça meu blog-biblioteca, que é a soma dessa nossa jornada épica pela cultura atual: http://academiaposmoderna.blogspot.com/
ResponderExcluirBeto, caminhei por todo o teu blog e é maravilhoso. Parabéns de verdade!Sim, somos privilegiados , vivemos , no passado e no presente, grandes, imensas mudanças.Obrigada pela visita, me sinto privilegiada com um leitor assim.
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