sábado, 8 de dezembro de 2012
A LEBRE COM OLHOS DE ÂMBAR
Estou nas últimas páginas de um livro maravilhoso que comecei a ler com muita dificuldade, o livro era pedregoso, complicado. Mas de repente A LEBRE COM OLHOS DE ÂMBAR de Edmund de Waal, ed. Intrínseca, se revelou uma imensa tapeçaria e diante dos meus olhos que não são de âmbar, o século XIX parecia um jogo de montar finalmente todo montado. A partir de pequenas miniaturas japonesas entalhadas em madeira e marfim , o autor reconstrói o esplendor e queda de uma família e de todo o Império Austro-Húngaro. Além disso, como há ramificações da família em Paris, passeamos por seus salões, visitamos os impressionistas e Proust. A partir destes netsuquês, coleção que sobreviveu ao saque dos nazistas, o autor rastreia, através de documentos, o dia a dia de seus ancestrais. Finalmente os netsuquês voltam ao Japão pelas mãos do seu herdeiro, um tio-avô do autor. O livro é uma mistura de memória com ensaio e umas pinceladas de ficção ou imaginação, porque a partir de uma simples fotografia ou documento, como se girasse a manivela do tempo para trás e desse corda aos personagens estáticos da foto ou desse vida às palavras, temos de volta uma cena com todos os cheiros e cores da época. Belíssimo livro.
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Roseana, se me dá licença de deixar uma mensagem... Nada sobre a postagem (linda como sempre!), mas apenas uma vontade grande de beijar sua testa, como meu avô fazia comigo. Você é um anjinho esvoaçando poesia pelo mundo! Obrigada!
ResponderExcluirObrigada, Aletheia!!! Deixe sempre uma mensagem, eu adoro!
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