domingo, 8 de março de 2015

ENCONTRO



Ontem aconteceu o nosso encontro do Clube de Leitura da Casa Amarela. Recebemos uma convidada muito especial: Suzana Vargas, poeta, criadora do espaço Estação das Letras no Rio de Janeiro.E Cristiano Mota Mendes, músico, ator, diretor de teatro, leitor extraordinário, que de vez em quando aparece.
O grupo é bastante heterogêneo, o que torna a leitura de um livro extremamente rica, são tantos olhares diferentes .
Começamos com Marca D’Água de Joseph Brodsky, que nos leva com seus olhos de poeta por uma Veneza no inverno, que eu achava em preto e branco, mas Maria Clara me chamou a atenção para os dourados delicadíssimos na luz do inverno. Maria Clara também nos diz que pelo fato de ter voltado a Veneza 17 vezes, a intimidade do poeta com os labirintos venezianos o torna quase um ser aquático.
Adelaide, Janaína, César e Maria Clara comentaram sobre a dificuldade de entrar no livro e eu diria que há que atravessar o primeiro nevoeiro, pois não é um romance, não é um livro de poemas. É uma divagação, um quase sonho. Hélio diz que é uma prosa poética e romântica.
Juan falou sobre dois momentos do livro que também aconteceram com ele em viagens a Veneza. Juan é, como Brodsky, um amante de Veneza, de tal maneira, que Felipe Gonzalez, quando estava no poder, lhe ofereceu o cargo de Cônsul Honorário O passeio de gôndola por uma Veneza desconhecida onde o gondoleiro pediu que se deitasse no fundo do barco e o encontro com a viúva de Ezra Pound.
No livro Brodsky faz um passeio impressionante de gôndola à noite.
Leila nos diz que fez um passeio de gôndola bem turístico, mas completamente emocionante. Ela encontrou a paz, e também um novo olhar sobre a cidade.
Ninguém conhece a origem das gôndolas, diz Juan, e Chico conta das gôndolas em Las Vegas, para mim, algo completamente estranho. Como uma baleia num aquário. Juan completa: ao conhecer uma fábrica de gôndolas em Veneza, lhe contam que os maiores compradores são americanos.
Angela e Helio leram trechos belíssimos.
Todos falamos sobre a beleza que o olho encontra naturalmente em cada lugar que pousa. Assim também a escrita de Brodsky, maravilhosa.
Falamos dos espelhos e da água.
Da água calma e lacustre e então passamos para o mar, para Veneza no verão, para Morte em Veneza.
Continuo amanhã a nossa viagem.

Um comentário:

  1. Bom dia!
    Represento a Editora Ibpex, de Curitiba.
    Gostaria de solicitar autorização para utilizarmos os textos indicados a seguir no livro Leitura de literaturas, expressões culturais e formações de leitores na educação básica, de Luiz Antonio Gomes Senna e Maria Angélica Freire de Carvalho.
    –Textos "Procura-se", "Troco fusca branco" (MURRAY, R. Classificados poéticos. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2004.).

    Agradeço e aguardo um retorno o mais breve possível.

    Att.
    Jassany Gonçalves
    41 9638-5787
    palavraarteiraico@gmail.com

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