Ontem aconteceu
o nosso encontro do Clube de Leitura da Casa Amarela. Recebemos uma convidada
muito especial: Suzana Vargas, poeta, criadora do espaço Estação das Letras no
Rio de Janeiro.E Cristiano Mota Mendes, músico, ator, diretor de teatro, leitor extraordinário, que de vez em quando aparece.
O grupo é bastante
heterogêneo, o que torna a leitura de um livro extremamente rica, são tantos
olhares diferentes .
Começamos
com Marca D’Água de Joseph Brodsky, que nos leva com seus olhos de poeta por
uma Veneza no inverno, que eu achava em preto e branco, mas Maria Clara me
chamou a atenção para os dourados delicadíssimos na luz do inverno. Maria Clara
também nos diz que pelo fato de ter voltado a Veneza 17 vezes, a intimidade do
poeta com os labirintos venezianos o torna quase um ser aquático.
Adelaide,
Janaína, César e Maria Clara comentaram sobre a dificuldade de entrar no livro
e eu diria que há que atravessar o primeiro nevoeiro, pois não é um romance,
não é um livro de poemas. É uma divagação, um quase sonho. Hélio diz que é uma
prosa poética e romântica.
Juan falou
sobre dois momentos do livro que também aconteceram com ele em viagens a
Veneza. Juan é, como Brodsky, um amante de Veneza, de tal maneira, que Felipe
Gonzalez, quando estava no poder, lhe ofereceu o cargo de Cônsul Honorário O
passeio de gôndola por uma Veneza desconhecida onde o gondoleiro pediu que se
deitasse no fundo do barco e o encontro com a viúva de Ezra Pound.
No livro
Brodsky faz um passeio impressionante de gôndola à noite.
Leila nos
diz que fez um passeio de gôndola bem turístico, mas completamente emocionante.
Ela encontrou a paz, e também um novo olhar sobre a cidade.
Ninguém
conhece a origem das gôndolas, diz Juan, e Chico conta das gôndolas em Las Vegas,
para mim, algo completamente estranho. Como uma baleia num aquário. Juan
completa: ao conhecer uma fábrica de gôndolas em Veneza, lhe contam que os
maiores compradores são americanos.
Angela e
Helio leram trechos belíssimos.
Todos
falamos sobre a beleza que o olho encontra naturalmente em cada lugar que
pousa. Assim também a escrita de Brodsky, maravilhosa.
Falamos dos
espelhos e da água.
Da água
calma e lacustre e então passamos para o mar, para Veneza no verão, para Morte
em Veneza.
Continuo
amanhã a nossa viagem.
Bom dia!
ResponderExcluirRepresento a Editora Ibpex, de Curitiba.
Gostaria de solicitar autorização para utilizarmos os textos indicados a seguir no livro Leitura de literaturas, expressões culturais e formações de leitores na educação básica, de Luiz Antonio Gomes Senna e Maria Angélica Freire de Carvalho.
–Textos "Procura-se", "Troco fusca branco" (MURRAY, R. Classificados poéticos. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2004.).
Agradeço e aguardo um retorno o mais breve possível.
Att.
Jassany Gonçalves
41 9638-5787
palavraarteiraico@gmail.com