Ratos e baratas, para mim, são monstros. Odeio e dou chilique. Mas, convenhamos , a cozinha deveria ser o último lugar onde estes "monstros" deveriam viver.
Pois bem, li uma matéria ontem de William Helal Filho, que me deixou estarrecida. Uma matéria bem pequena mas que demonstra muito concretamente a falência moral de um país.
Restaurantes e Botequins na Gávea e Leblon, os bairros mais caros do Rio de Janeiro, com ratos e baratas na cozinha, TONELADAS de alimentos estragados, restaurante japonês com quilos de salmão fora do gelo, carne apodrecendo numa hamburgueria famosa... e nós , simples e crédulos mortais, acreditando nos donos destes restaurantes. Pois o princípio de tudo é a confiança. Se vou comer num lugar caro, num bairro nobre, para festejar com amigos, para festejar um aniversário, digamos, eu confio que a cozinha estará limpa, que os cozinheiros tenham muito orgulho do seu trabalho, etc, etc, a matéria prima de primeiríssima qualidade!
Quando o dono do restaurante, em plena consciência, convive com ratos, baratas e alimentos podres, a sua moral também apodreceu. Ele traiu um pacto entre o que cobra e o que oferece. Está enganando, roubando.
Os nomes dos estabelecimentos estão no O Globo de ontem.
Que cada um de nós se proteja e não se deixe contaminar por toda esta onda de lama que assola o país. Que cada um permaneça limpo e ofereça o melhor que tem dentro , o melhor do seu talento, dos seus esforços. É o que nos confere dignidade.
Se cada um de nós fizer o que sabe fazer da maneira mais bela possível, sem enganar, trair, roubar, ainda podemos salvar o país.
domingo, 1 de março de 2015
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