O Pequeno Príncipe foi o primeiro livro que li em francês. Fiquei apaixonada. O livro foi alvo de desprezo, por ser o livro predileto das misses. Mas sou sua defensora ardente. É belíssimo.
Faço com a minha caseira Vanda aulas de leitura, já que tendo estudado apenas até o segundo ano primário, ela tem muitas dificuldades para ler e ao mesmo tempo entender um texto.
Por causa das minhas cirurgias e depois emendei com uma viagem de quinze dias, nosso projeto andava abandonado.
Primeiro lemos um livro infantil muito lindo da Angela Maria Quintieri , sobre o seu avô, motorneiro de bonde. A Vanda amou, pois sua mulher era camareira num hotel e logo houve uma identificação.
Ao pensar num segundo livro, pensei no O Pequeno Príncipe. Por ser de leitura fácil, por ser maravilhoso, por atuar no simbólico, despertar a imaginação.
Hoje, logo no primeiro encontro com o Pequeno Príncipe, quando facilmente ele decifra o primeiro desenho, comecei a chorar. Nada no mundo me emociona mais do que a imaginação da criança, a sua capacidade de ver o invisível, de atribuir vida a todas as coisas.
Vanda está amando e a sua capacidade leitora está se expandindo. Ensinei a ela um truque. Quando se deparar com uma palavra grande, que a leia primeiro na mente, para decifrá-la. Ela adorou e já não se atemoriza com palavras grandes e desconhecidas.
Faço ela me contar tudo o que lemos, com as suas palavras. E ganhar novas palavras, as que não conhecia.
Hoje tive uma ideia: numa caixa bem bonita ela guardar a palavra nova, num pedacinho de papel.
Será como a caixa onde o piloto guardou o carneiro imaginário do Pequeno Príncipe.
quinta-feira, 9 de abril de 2015
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