Hoje caminhei uma hora com o Juan por dentro do bairro, as ruas são lindíssimas. Jardins e passarinhos. Andamos um pouco pela lagoa. Desde antes da primeira cirurgia na coluna em 1993 que não deu certo, não caminho assim, como uma verdadeira caminhante. Acho que vou ter uma overdose de endorfina.
Havia uma igrejinha antiga dentro do bairro, uma igrejinha colonial e um coreto numa pracinha. Era um conjunto belíssimo. Na década de 70 cheguei a ir numa quermesse nesta pracinha.
Pois bem, destruíram tudo. A igrejinha singela, saída de um quadro naïf, virou um monstrengo horroroso, transformaram uma obra prima num amontoado de feiura . Destruíram o coreto antiquíssimo e fizeram outro em seu lugar, mas não encontro palavras para descrever tal aberração. A cidade não cuida do seu patrimônio histórico. Além disso todo o conjunto está cheio de lixo.
Agora começaram a fazer a orla da praia. Um calçadão. Dá medo. Já estão construindo uns banheiros horrorosos, tiram a magnífica vista da praia, vários banheiros, como se uma multidão precisasse ir ao banheiro ao mesmo tempo! Já existem alguns prontos na Praia de Itaúna.. Olhando parece um amontoado de pedras, como se fosse um banheiro pré histórico, só que naquela época não existiam banheiros. Quem desenhou deve ser obcecado pelos Flinstones . A população não foi consultada.
Eu grito sozinha de horror. Onde posso gritar? Ficamos nas mãos de políticos que não perguntam nada para os moradores, aos poucos a cidade vai se transformando sem que possamos interferir.
Amanhã mergulharei na montanha. Ficarei ausente por uns dias.
terça-feira, 21 de abril de 2015
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