Recebo uma carta emocionante da Espanha, dos arredores de Granada. Minha sobrinha Maria José Sanchez criou um grupo de mulheres que tecem.
As Tecelãs de Sonhos/Tejedoras de Sueños.
São mulheres simples, do povo. Elas tecem em lugares públicos e contam suas vidas, suas tristezas, doenças, silêncios, alegrias. Eram mulheres massacradas, tinham tudo bem guardado lá dentro. Massacradas por seus homens, pela dureza da vida. E então, tecendo, exercendo esse ofício milenar, puderam voltar a sonhar.
O movimento foi crescendo tanto, já que como elas tecem em público, chamam a atenção, que os sonhos foram se ampliando. Agora fazem troca de livros, ajudam escolas e até mulheres presas.
Virou um movimento social. Que inspire outros movimentos assim poéticos e maravilhosos.
Cabe aqui o meu poema :
Oração:
A todos os ventos
eu peço coragem
a cada estrela e estrada
ao mar que não morre nunca
eu peço coragem
e ao sol e à lua
e a todo o firmamento
a cada pássaro
a cada pedra
a cada bicho da terra e do ar.
Peço coragem a tudo o que vive agora
e ainda viverá
coragem para cavalgar os dias
navegar nas horas
e a cada minuto e segundo sonhar.
domingo, 6 de março de 2016
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