sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

FIM DE TARDE FIM DE ANO

É estranha e interessante essa energia de fim de ano. Penso nisso aqui sentada no fim da tarde.
Este foi um ano duro: recessão, desilusão com os rumos políticos, de ambos os lados. Descobrimos um Brasil abjeto, sabíamos da sua existência, mas agora todos os holofotes se acenderam e não podemos mais fingir que a lama não está aí. De certa maneira estamos todos contaminados.Os políticos nos contaminam com suas ações vergonhosas.
Mas mesmo assim, a energia desse fim de ano, de todos os finais de ano, é algo diferente. Há uma pressa, uma espécie de frenesi, há um vaivém, há uma urgência , como se fôssemos perder o trem, a carruagem, o navio, um grande encontro.
Penso nos meus amigos. Quase todos dispersos por este mundão de Deus. Queria nomeá-los todos. Os antiquíssimos, os novos, os que estão sempre em meu coração, em meus pensamentos. E agradecer. Porque o que nos sustenta a cada minuto é o dom da amizade. Saber que mesmo longe eu habito outras pessoas que por alguma razão possuem um laço comigo, isso me ajuda a viver .Porque viver, todos sabem, é muito perigoso. Gostaria de juntá-los todos, como num sonho, numa grande festa. E então seria a festa de fim de ano mais bela do mundo.
 

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