terça-feira, 29 de junho de 2010

ANDANDO AO CONTRÁRIO

Ontem viajei quase no horário do jogo do Brasil . Viajei ao contrário. Cheguei na Rodoviária com o jogo começado. Foi muito interessante. A estrada no fluxo Saquarema-Rio estava completamente vazia. Na Rodoviária todas a lojas estavam fechadas e dezenas de pessoas se aglomeravam na frente do único aparelho de TV onde o jogo se desenrolava. Estava ainda zero a zero. Eu só tomo um táxi no desembarque, de alguém que está chegando, por causa das máfias dos táxis da Rodoviária. Esperávamos, eu e minha irmã, e fomos abordadas por vários meninos cheios de crack que pediam dinheiro. Esfarrapados, trapos humanos, como zumbis em plena luz do dia. Nenhum policial para proteger o turista que chega, estavam todos vendo o jogo. Chegou um passageiro, desembarcou, embarcamos. Outro adolescente drogado quase se enfia dentro do táxi também. Foi difícil nos desvencilharmos dele. Há uma cidade de seres humanos em escombros dentro da cidade.
As ruas da cidade estavam vazias, nenhum carro. O rádio do táxi estava ligado, saiu o primeiro gol. Logo outro. Chegamos na Urca com dois a zero.

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