Hoje se meu maravilhoso amigo Latuf não tivesse ido embora do planeta Terra, estaríamos comemorando o seu aniversário. Mas é impressionante como os mortos continuam vivos. Nenhum dia se passa sem a sua presença dentro de mim, sem que ele converse comigo, sem que eu divida com ele as minhas mais profundas emoções. Ele dizia que eu era a sua idiche mama, sua mãe judia, embora ele fosse mais velho do que eu. Mas como toda mãe judia , eu adorava lhe dar de comer, fazia iguarias para ele, eu o mimava. Nosso país era a literatura, país magnífico, onde nunca e sempre somos estrangeiros. E ele , Doutor em tantas coisas, me dizia, a tua poesia é bela. Todos os dias agradeço. Ele , libanês e eu, judia, com certeza resolveríamos a questão do Oriente Médio com amor e poesia. Nós nos amávamos. Nós nos amamos.
Eu o vejo com suas túnicas esvoaçantes. Latuf era um poema andarilho.
sexta-feira, 7 de setembro de 2012
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