segunda-feira, 2 de março de 2015

RECUPERAÇÃO

Hoje faz um mês que fiz uma grande cirurgia na coluna, quando apenas três meses e meio antes havia feito uma grande cirurgia no quadril.
Com apenas um mês já faço quase tudo e não tenho dor. Já assumi a cozinha da casa. Eu sou a cozinheira.
Eu já não tinha a memória de um tempo sem dor.
Agora tenho vontade de dançar.
Nunca imaginei que isso pudesse acontecer. Para o milagre, dois grandes cirurgiões, claro,e uma grande amiga, Monica Botkay, que entrou novamente na minha vida para me conduzir a este final feliz. Mas foi preciso que eu chegasse ao mais fundo do poço.
Voltei para casa muito fragilizada e agora faço meditação novamente com a supervisão de uma terapeuta de meditação healling. Como moro longe, a supervisão é feita por whatsup, usando a tecnologia como suporte.
Aconselho meditação como um remédio muito eficaz. É impressionante como está sendo fundamental na minha reconstrução..
Quando uma pessoa tem dor contínua por vinte anos, diariamente, a dor pauta a sua vida.
Há que aprender a não buscar a dor.
Faço planos, mergulho de cabeça nos meus projetos.
Em breve poderei ir para a montanha. A minha casinha dentro da mata me espera. Onde escrevi o Diário da Montanha.
Numa das meditações que fiz ontem, uma imagem lindíssima: ao fazer contato com o coronário (o lugar onde fica a moleira do bebê) um baobá irrompia de dentro de mim rumo ao céu. Suas raízes eram a minha coluna. Nunca tive dúvidas de que sou humana-árvore. Tem gente que é. Mas com esta linda imagem que meu inconsciente me enviou, fica provado. Só não sabia que eu era um baobá.

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