quarta-feira, 6 de maio de 2015

CAMINHADA II


Ontem fui ao Rio de Janeiro para a revisão de três meses da cirurgia na coluna. A viagem foi cheia de obstáculos. Chovia torrencialmente quando saímos mas depois a chuva abrandou. Mas na Alameda, numa favela chamada Caixa d' água, passamos no meio de um tiroteio. Fiquei com muito medo. Na Ponte Rio Niterói havia um acidente de um ônibus da 1001 com uma moto. Mais tarde soubemos que o motoqueiro morreu e ficamos arrasados. Para quem vive numa aldeia no interior, o oceano de ônibus e carros assusta.
Mas almoçamos com três amigas amadas: Bia, Silvia e Mônica e a nossa alegria era feito espuma de onda.
Depois o médico me deu uma quase alta: só não posso ainda ficar na rede (adoro ler na rede) e pegar peso. Não tenho nenhum limite para caminhadas. Posso subir e descer na montanha quanto quiser e conseguir. Vou poder visitar meu grande amigo Salvador Almeida, que mora em Visconde de Mauá numa terra muito acima da nossa e para chegar até a sua casa há que subir muita montanha.
E hoje fui a pé até a vila com o Juan.
Logo ao abrir o portão fomos recebidos por uma revoada de gaivotas. Nunca vi tantas juntas voando pertinho da gente! Centenas. O mar devia estar com muito peixe.
Paramos no Posto de Saúde: Feio, decadente , uma pena, pois é onde vacinam os bebês, as crianças. Deveria ser lindo. Tomamos a vacina contra a gripe e fomos tomar outro café da manhã , no Marisco, de frente para a lagoa.
Mar, montanha e lagoa fazem de Saquarema um lugar único no mundo. E com um pingado e um pão francês na chapa com queijo de Minas, vira um paraíso imbatível.
A felicidade é quase grátis. Poder andar e olhar!!! Os garis varriam, varriam muito, pois dia 8 de maio é o aniversário da cidade. A verdade é que a cidade anda bem abandonada ultimamente mas hoje havia uma caravana de garis, todos num varre-que-varre delicioso.
Fui ao correio. Meu amigo gordinho estava lá atendendo. Voltou das férias e como aqui tudo se sabe , ele já sabia que fui operada e etc.
E assim vamos tecendo a vida. E caminhando. Fui andarilha no passado e espero retomar este maravilhoso ofício.

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