quinta-feira, 9 de junho de 2016

A VOLTA

Curitibanos . Nunca tinha ouvido falar da cidade. Tudo passa a existir quando podemos tocar e sentir.
Cheguei à noite depois de uma viagem muito cansativa, pois de Navegantes até Curitibanos são muitas horas de viagem numa estrada  precária, de mão dupla lotada de caminhões.
O motorista que me levou mora num sítio e então passamos a viagem toda falando das coisas do campo. A paisagem era belíssima.
Parei para almoçar.
Chegamos e já estava quase escurecendo. Não conseguia nem pensar de tão cansada.
Tomei café da manhã com o Carlos Henrique Schroeder, escritor e grande leitor, e fomos para a abertura da Feira Literária.
Era num galpão imenso. Fazia dois graus! Mas a plateia estava lotada. A esposa do Prefeito da cidade me disse que devia haver umas quinhentas pessoas.
Depois do protocolo, crianças se apresentaram com poemas do meu livro O Circo e então aconteceu o nosso bate papo, apesar do frio intenso, bastante gostoso e nada formal.
A cidade é linda e para o dia seguinte a previsão era de muito frio! Temperatura negativa.
Mas saí nesta mesma tarde para Balneário Camboriú, ao lado de Navegantes, de onde partiria meu voo.
Paramos num lugarzinho de caminhoneiros para comer, seguindo o conselho do meu filho Chef André Murray: lugar onde comem os caminhoneiros a comida costuma ser boa. E Juan, meu marido diz que na Itália e na Espanha também.
Cheguei morta, claro, mas o motorista era excelente, Senhor Fábio de Souza. Recomendo.
Acordei descansada e pronta para caminhar. É linda a orla de Balneário Camboriú. Andei uma hora, fazia frio e sol e parecia que eu andava dentro de uma bela música.
Depois atravessei o rio de balsa para chegar a Navegantes. Pena que não dura nem cinco minutos porque é muito bonito.
Depois, enquanto passei horas no aeroporto, estava na Nigéria lendo o romance premiado Americanah de Chimanda Ngozi Adichie, que comprei na Feira. Nem vi o tempo passar e por causa do livro quase perdi meu voo, mudaram o portão e não reparei. Saí desabalada mas deu tudo certo.
E hoje com o mar tão selvagem, caminhei uma hora, maravilhada, dentro do vento.  

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