sexta-feira, 3 de junho de 2016

EMOÇÔES

Nada havia me preparado para as emoções que viveria ontem na pequena cidade de Magé.
Eu sabia que meus poemas estavam sendo lidos em 60 escolas desde o começo do ano. Havia sido convidada para falar num encontro de dinamizadores de leitura. Só isso eu sabia.
Às sete horas da manhã um carro veio me buscar com o motorista Junior e Rodrigo, professor de geografia.
Ao chegar fui recebida por Paulo e Carlos Henrique, dois meninos lindos, organizadores do evento, que acontecia no galpão imenso de um Clube.
Tendas belíssimas com instalações incríveis, trabalhos feitos a partir dos meus livros.
A Secretária de Educação, recém empossada, disse o que nunca sonhei ouvir: que na sua gestão, leitura e arte seriam a prioridade total nas escolas.
A partir desse momento o que aconteceu no palco foi uma avalanche de beleza, criatividade, surpresa, pura emoção.
Uma bisavó, uma avó, falando meus poemas. Um menino de uns dez anos cantando com o pai ao violão, um samba de sua autoria que fez em minha homenagem. Uma menina-boneca de louça-bailarina, saída da minha infância, dançando a coreografia mais perfeita e linda, um coral de 65 vozes cantando meu poema Receita de Espantar a Tristeza, num ritmo contagiante.
Pausa para o almoço na E.M.Magid Ripani, convite da Professora Katia Costa, que já havia trazido a sua escola na minha casa. Foi um almoço coletivo e maravilhoso. Tive um encontro lindo com as crianças.
E na minha fala li o conto Tudo é Sonho e a interação com a platéia foi uma dádiva.
Terminamos todos dançando no palco, a alegria era tanta e tão contagiante que fazia uma teia dourada onde nos enredamos para sempre, nos fios da poesia.

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