Nada havia me preparado para as emoções que viveria ontem na pequena cidade de Magé.
Eu sabia que meus poemas estavam sendo lidos em 60 escolas desde o
começo do ano. Havia sido convidada para falar num encontro de
dinamizadores de leitura. Só isso eu sabia.
Às sete horas da manhã um carro veio me buscar com o motorista Junior e Rodrigo, professor de geografia.
Ao chegar fui recebida por Paulo e Carlos Henrique, dois meninos lindos, organizadores do evento, que acontecia no galpão imenso de um Clube.
Tendas belíssimas com instalações incríveis, trabalhos feitos a partir dos meus livros.
A Secretária de Educação, recém empossada, disse o que nunca sonhei
ouvir: que na sua gestão, leitura e arte seriam a prioridade total nas
escolas.
A partir desse momento o que aconteceu no palco foi uma avalanche de beleza, criatividade, surpresa, pura emoção.
Uma bisavó, uma avó, falando meus poemas. Um menino de uns dez anos
cantando com o pai ao violão, um samba de sua autoria que fez em minha
homenagem. Uma menina-boneca de louça-bailarina, saída da minha
infância, dançando a coreografia mais perfeita e linda, um coral de 65
vozes cantando meu poema Receita de Espantar a Tristeza, num ritmo
contagiante.
Pausa para o almoço na E.M.Magid Ripani, convite da Professora Katia Costa, que já havia trazido a sua escola na minha casa. Foi um almoço coletivo e maravilhoso. Tive um encontro lindo com as crianças.
E na minha fala li o conto Tudo é Sonho e a interação com a platéia foi uma dádiva.
Terminamos todos dançando no palco, a alegria era tanta e tão
contagiante que fazia uma teia dourada onde nos enredamos para sempre,
nos fios da poesia.
sexta-feira, 3 de junho de 2016
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