Leio um livro do escritor espanhol Antonio Muñoz Molina, "Ventanas de Manhattan". Ele descreve os mendigos que vagavam por Nova York nas década de 80 e 90 e que depois do desastre das Torres Gêmeas retornam, os homeless, os vagabundos envoltos em farrapos e que acumulam tudo o que a sociedade rejeita, restos, papéis, garrafas, latas, carregam sacas imensas, envoltos em um cheiro insuportável e se algum destes mendigos olhar para cima, pode ver as janelas dos apartamentos dos multimilionários em Park Avenue ou na Quinta Avenida e seus habitantes também acumulam seus tesouros sem escrúpulos nem vergonha. As duas pontas se tocam num furor acumulativo e sem sentido.
A editora Objetiva me pede uma biografia pequena e atualizada para o livro que sairá em julho. É muito difícil contar a minha vida em 3 linhas. A única coisa importante é misturar a vida e a poesia de uma tal maneira que não se pode dizer onde termina o poema e começa a vida. Às vezes nem mesmo é preciso escrever o poema.
quinta-feira, 24 de março de 2011
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