terça-feira, 3 de maio de 2011
SUDOESTE
Sopra um sudoeste violento. O mar está negro. As nuvens espessas. A casa inteira range como se fosse um barco e tivesse vida própria. Gosto de me sentir em alto-mar dentro da segurança da casa. Juan saiu para caminhar, espero que o vento não o carregue.Acordamos muito cedo , ainda noite, e quem se levanta primeiro prepara o café. Hoje fiquei mais um pouco na cama, na vigília, até que o aroma do café me envolveu inteira.O momento em que estamos juntos pela manhã cedinho, vendo amanhecer, é mágico. Depois Juan sai para caminhar e quando volta cada um se debruça sobre as suas tarefas.
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Caramba deve ser muito bom morar perto de praia e ver e sentir todas as variações climáticas.
ResponderExcluirLegal, muito bom.
Bem eu sei que você não liga muito para datas e, na verdade, às vezes, é tudo mesmo uma bobagem, mas o Dia das Mães eu gosto muito.
Como você neste domingo estará mais longe fisicamente de um filho e mais perto de outro, mas não estará literalmente junto aos dois, eu quis deixar uma lembrança para você e para todos os seus leitores.
Eu descobri nos meus guardados esse poema da Sylvia Orthof que a nossa escola trabalhou muitos anos. As crianças adoravam por ser muito alegre e divertido.
São todas as mães em um só poema.
Aí vai ele, e... Boa Viagem.
Se a lua fosse mãe, seria mãe das estrelas, o céu seria sua casa, casa das estrelas belas.
Se a sereia fosse mãe, seria mãe dos peixinhos, o mar seria um jardim e os barcos seus caminhos.
Se a casa fosse mãe, seria a mãe das janelas, conversaria com a lua sobre as crianças estrelas, falaria de receitas, pastéis de vento, quindins, emprestaria a cozinha pra lua fazer pudins!
Se a terra fosse mãe, seria a mãe das sementes, pois mãe é tudo que abraça, acha graça e ama a gente.
Se uma fada fosse mãe, seria mãe da alegria. Toda mãe é um pouco fada... nossa mãe fada seria.
Se uma bruxa fosse mãe, seria mamãe gozada: Seria mãe das vassouras, da família vassourada!
Se a chaleira fosse mãe, seria mãe da água fervida, faria chá e remédio para as doenças da vida.
Se a mesa fosse mãe, as filhas sendo cadeiras sentariam comportadas, teriam "boas maneiras".
Cada mãe é diferente: mãe verdadeira, ou postiça, mãe vovó e mãe titia, Maria, Filó, Francisca, Gertrudes, Malvina, Alice, toda mãe é como eu disse. Dona Mamãe ralha e beija, erra, acerta, arruma a mesa, cozinha, escreve, trabalha fora, ri, esquece, lembra e chora, traz remédio e sobremesa...
Tem até pai que é "tipo mãe"... Esse então é uma beleza!
(in Se as coisas fossem mães, Sylvia Orthof,
Editora Nova Fronteira, Rio de Janeiro)
Angela, obrigada por se lembrar deste livro tão lindo, que eu amo de paixão perdida.
ResponderExcluirAh! que bom que você gostou. As crianças riam muito com ele e as professoras aproveitavam a chance e trabalhavam muito.
ResponderExcluirPoetas realmente são mágicos.
Angela
Roseana: adoro Syvia Orthof tb...e esse poema é um achado..rs...beijos tietes .
ResponderExcluirOlá Roseana,
ResponderExcluirSeus versos e textos sempre me despertaram para gostar cada vez de poesia. Sempre trabalhei com meus alunos e creio que foi assim que eles aprenderam a gostar de ler e colocar poesia nos textos que escrevem. Você pode conferir parte do trabalho deles no meu blog, www.alfabetizacaoemfoco.blogspot.com
um lugar para se ler lindos poemas. Visite-nos. Será uma honra recebè-la.
Abraços.
Lenira
Lenira, vou visitar e obrigada pelo carinho!
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