sábado, 22 de setembro de 2012

CLUBE DE LEITURA DA CASA AMARELA

Nosso encontro de hoje do Clube de Leitura da Casa Amarela foi marcado por ausências. Não vieram, Felipe, Andrea e Cris, de Duque de Caxias. Leila não veio . Messias não veio.
Mas vieram todos os outros: Hélio e Fernando, Maria Clara, Chico, Gil, as duas Ângelas, e Ivo, pela primeira vez.
Lemos A DAMA DO CACHORRINHO de Anton Tchékhov. Cada um falou do seu conto predileto, daquele que mais tocou seu coração. O conto Vanka, do menino que escreve a carta para o avô foi uma paixão geral. Hélio se debruçou sobre o coração do menino. Todos nos emocionamos com a história tão triste do menino que quer voltar para junto do seu avô. Falamos do conto nas suas minúcias. Maria Clara identifica o avô com o Papai Noel, é um conto de natal.
Gil escolheu como seu o conto da Corista e fez uma leitura belíssima . Falou da bondade da corista, da sua sensibilidade e era apenas uma prostituta.
Juan falou do conto A Irrequieta e de como o nosso tesouro está quase sempre ao nosso lado e não o vemos .
Todos concordamos que o autor nos leva a um desfile impressionante de personagens e conhece conmo poucos a alma humana. A Russia dos tzares hoje esteve em nossa sala.
Todos amaram o pequeno livro imenso. Todos ressaltaram a abertura dos contos, nenhum final é fechado.
E esse tempo, único, que não existe mais, existe. Basta abrir o livro em qualquer conto e já estaremos instalados numa troika, numa casa de um nobre, de um camponês, um burguês. E a manivela do tempo, a literatura, com todas as suas engrenagens , trará até nós , estas cenas de um passado tão rico, tão denso.

Celebramos com pão, vinho e uma comida maravilhosa preparada pela Vanda, nossa caseira de nome russo, a alegria de discutirmos um belo livro. E cantamos parabéns com uma torta maravilhosa de nozes e chocolate branco, pois Vanda fez 50 anos.

2 comentários:

  1. Roseana, mais uma vez, senti uma grande vontade de estar presente na reunião do seu grupo...
    Como são lindos os contos de Tchékhov! O que mais gostei foi "A corista", que retrata magnificamente como alguém pode ser tão estigmatizado, usado e injustiçado, de forma cruel e cega.
    Quanto ao conto "A irrequieta", de alguma forma, me lembrou "Primo Basílio", com um final às avessas.O engano, a visão equivocada unida à fatalidade - de uma tristeza terrível e irreparável.
    Todos os textos de uma sensibilidade extraordinária!
    Adorei!
    Beijo para você! Muita paz!

    ResponderExcluir
  2. Obrigada, Aletheia, uma leitora assim seria de grande valor para o nosso grupo. Também amo estes contos.

    ResponderExcluir