Sou apaixonada pelos cavalos azuis que só existem em nosso imaginário, nas obras de Chagall, no belíssimo filme Pele de Asno, na poesia. Cavalos azuis sempre me habitaram , comem grama fresca e bebem orvalho dentro de mim. Recebo um belo livro de poemas de Alexandre Bonafim , Arqueologia dos Acasos e lá está ele , o Cavalo Azul, maravilhoso poema final.
" Um tropel de silêncio e eternidade
desdobra o ar em acordes levíssimos,
feitos de orvalho e bruma.
As crinas vão desatando o infinito,
as estrelas , a solidão mais aguda.
Eis a sagração do céu em nós."
Fragmento de O Cavalo Azul, in Arqueologia dos Acasos, Alexandre Bonafim, ed. Delicatta
Que hoje, nas manifestações, cada um carregue um delicado cavalo azul dentro de si, para que as mudanças tão necessárias possam vir.
quinta-feira, 20 de junho de 2013
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