Ontem fazia uma noite fria. Chegamos cedo ao Teatro Mário Lago para assistir ao espetáculo Identidade, adaptação do meu livro Carteira de Identidade. Eu não sabia nada sobre a peça. Não vi nenhum ensaio, não fazia nenhuma ideia do que o Jorge Vale havia preparado.
Fiquei muito impactada. Para mim o livro é silencioso, os poemas são silenciosos. Mas Jorge Vale e sua trupe escolheram um caminho circense e a música, cheia de referências, permeia todo o espetáculo. Cada ator é a reprodução do outro, cada ator é um clown, já que a vida de certa maneira é um circo. Os poemas estão muito bem costurados no espetáculo e para mim a cena mais bonita é quando os atores se despem de suas fantasias, limpam os seus rostos de clown e então é como se tivessem chegado ao fundo do espelho e pudessem se reconhecer, pois o texto inteiro é uma busca.
sábado, 1 de junho de 2013
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